Colector olha através das linguagens das artes visuais espaços museológicos e/ ou instituições. Do resgate do seu acervo, colecção e história específica, Colector pretende expandir a interacção em confronto com os espólios.
A experimentação acontece deste encontro, abraçando a relação passado/presente, reapreciando os arquivos/espólios - a alma de quem os alberga. Pensar os modos de revisitar o que fora escolhido a resgatar, pensar as expectativas de um encontro com uma colecção, mostrá-la a quem a visita fincando nesse legado o espreitar de um comentário presente.
Projecto Colector
All Brain (Luis Xavier), Ana Efe, André Alves, André Silva, Cláudia Lopes, Dalila Gonçalves, João Bonito, Luísa Sequeira
14 de Maio – 31 de Maio 2010
Inaugura Sexta-feira 14 de Maio às 19h00
Cinemas Medeia Filmes, Centro Comercial Cidade do Porto
Rua Gonçalo Sampaio, 350
4150 – 368 Porto
Escolha do Colector
Drawing Restraint 9 – de 13 a 19 de Maio
Sessão: 19h00- Drawing Restraint 9
Realização: Matthew Barney. Elenco: Matthew Barney, Björk, Mayumi Miyata, Shiro Nomura, Tomoyuki Ogawa, Sosui Oshima. Nacionalidade: EUA / Japão, 2005.
Sinopse
Drawing Restraint 9 é um objecto de arte, que usa o cinema como veículo, tirando partido da imagem e do som. Só assim se pode entender a ausência de enredo, de ritmo e de personagens.
Começa com uma mulher a embrulhar um fóssil, numa dança coreografada de mãos e papéis.
Os embrulhos são selados com um símbolo oval atravessado por uma barra (a plenitude restringida por uma barreira). Acompanhamos depois dois visitantes ocidentais (Barney e Björk) que, separadamente, são levados para bordo do baleeiro japonês Nisshin Maru. Os visitantes são lavados e vestidos com fatos feitos de peles de animais na preparação de uma cerimónia de casamento. No convés do navio, a tripulação ocupa-se com o molde de uma piscina de vaselina - um molde onde se repete novamente o símbolo oval - em sinal de todo o esforço que está implícito no trabalho criativo.
“Drawing Restraint 9” é uma experiência sobretudo sensorial, de um forte poder imagético, usando a baía de Nagasaki como pano de fundo. Um produto de difícil digestão, profundamente trabalhado, com algumas poderosas - mas surreais - ideias. Mas, como cinema, é bem mais interessante de olhar do que de ver.
Os Respigadores e a Respigadora - de 20 a 26 de Maio
Sessão: 19 h00 - Os Respigadores e a Respigadora
Realização: Agnès Varda. Elenco: Bodan Litnanski, Agnès Varda, François Wertheimer. Nacionalidade: França, 2000.
Sinopse
A partir de um célebre quadro de Millet, o filme de Agnès Varda é um olhar sobre a persistência na sociedade contemporânea dos respigadores, aqueles que vivem da recuperação de coisas (detritos, sobras) que os outros não querem ou deixam para trás. A respigadora, nesse sentido é Agnès Varda, que experimentando pela primeira vez uma pequena câmara digital, se quer assumir como uma “recuperadora” das imagens que os outros não querem ver nem fazer, e que portanto deixam para trás.